imagens, registros e reflexões sobre a versão em HQ de "As Barbas do Imperador" de Lília Moritz Schwarcz

sexta-feira, 22 de junho de 2012

UM SONETO PARA D. PEDRO


A PEDRO DE ALCÂNTARA

Rei-filósofo de alma taciturna e fria,
monarca por Tupã e Minerva abençoado
de tórrido país e povo apimentado,
mais a Atenas que Roma a índole pendia.

Cumpristes entre nós de Platão a utopia
de um Estado ideal por sábios governado.
Pesa-vos a coroa; mais vos conviria
de Péricles e Marco Aurélio o douto fado.

Às Artes e ao Saber destes o vosso abrigo;
haverdes sido mestre, professor ou lente
era o que mais desejaríeis, na verdade...

Mas ainda há tempo: perdoai-me, gesto insolente,
a pretensão de ser de Vossa Majestade
o mais modesto aluno, súdito e amigo.

spacca, 22/06/2012